segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Arma Em Branco



Imagine a cena. Três assaltantes, talvez cinco invadem o banco assustando todos os clientes, eles fazem muito barulho mas ação é rápida, a operação foi muito bem planejada. Em poucos segundos eles já estão rendendo seguranças e caixas do banco armados com suas bolas de papel, perigosa arma branca de médio alcance.

Todos dentro do banco de assustados passam a atônitos ao perceberem a natureza dos armamentos dos quais os "perigosos" assaltantes se muniam.

O que vocês estão fazendo? pergunta um dos clientes tentando entender o que os olhos viam mas o cérebro se recusava a acreditar que era real.

Cala a boca! Eu falei! Isso é um assalto!

Assalto?! Com bolas de papel?! Isso não machuca ninguém.

Ah não? Pergunta pro careca.


* * *


Enquanto isso, em São Paulo, o careca passa por uma tomografia computadorizada para verificar se sofreu danos após ser atingido por uma bolinha de papel.


Bolinha de papel poderosa essa, será que foi a mesma que classificou o Werder Bremen pra UEFA Champions League??? Deve ter sido feita com a embalagem do presente de Bela Swan.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Bons Rumos


Já cantei “A-ACM meu amor...” em época de eleição, era uma criança e acreditava que ele só pensava no povo da Bahia.

Eu pensava que sabia o que era socialismo. Ainda lembro da minha professora de estudos sociais da 4ª série dizendo na sala de aula que “o socialismo é uma forma de governo terrível onde as pessoas perdem sua liberdade e seu direito de escolha, você não pode escolher nem o que você vai comer, o governo é que escolhe o que você vai comer todo dia”. Só faltava ela dizer que socialistas comem criancinhas.

Na adolescência comecei a ler revistas e jornais e comecei a ver que tinha alguma coisa errada. Eu pensava: “Por que o Brasil é a oitava maior economia do mundo mas é considerado pobre?”, “Por que a Coréia do Sul que estava pior que o Brasil nos anos 80 está bem melhor agora no fim dos 90?”

Eu via o governo vender as estatais e se vender aos bancos estrangeiros enquanto faltava dinheiro pra investir na melhoria das condições de vida do povo. Eu ansiava por mudança.

Foi mais ou menos nessa época que eu aprendi o que de fato era o socialismo e aprendi também que não devia acreditar piamente no que os professores dizem.

Hoje eu vejo com orgulho o povo do meu estado dizer adeus ao “carlismo” e eleger em duas eleições seguidas governador e senadores de esquerda. Anos atrás eu vi o povo do meu país eleger um presidente que é do povo.

Ainda não vi tudo o que tudo o que eu sonhei na adolescência, mas finalmente tenho visto as coisas andando no caminho certo.